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50 anos do orelhão: icônica concha telefônica em formato de ovo projetada por Chu Ming Silveira

  • Foto do escritor: Richard Siqueira
    Richard Siqueira
  • 10 de jun. de 2021
  • 2 min de leitura

Atualizado: 19 de ago. de 2021


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O 'orelhão' é o nome dado às icônicas conchas de telefone em forma de ovo encontradas nas calçadas brasileiras, desde 1971, quando o Rio de Janeiro e São Paulo instalaram, respectivamente, suas primeiras unidades. Projetadas pela arquiteta sino brasileira Chu Ming Silveira, as distintas conchas ganharam a forma de “capuzes” ovais leves, priorizando a acústica, ao lado do conforto, proteção e privacidade do usuário. Assim como Londres, que ainda mantém suas emblemáticas cabines telefônicas vermelhas, as metrópoles brasileiras não seriam as mesmas sem seus “orelhões”.


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O conceito de Chu Ming Silveira surgiu como uma solução para os primeiros aparelhos de telefonia pública que se revelaram problemáticos, devido ao alto custo de construção e ao vandalismo frequente. A arquiteta optou por uma solução de baixo custo que fosse fácil de preservar, oferecendo abrigo protetor para os aparelhos e seus usuários. Tendo esses critérios em mente, escolheu o acrílico e a fibra de vidro como principais materiais para formar uma concha acústica em forma de ovo — forte, leve, resistente ao sol, à chuva e fogo. Com os primeiros protótipos do orelhão surgindo nas ruas do Rio de Janeiro e São Paulo, as coberturas em forma de ovo rapidamente se tornaram muito populares entre os cidadãos e ainda oferecem proteção e privacidade aos transeuntes.


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Embora o surgimento dos telefones celulares tenha levado a uma queda significativa no uso do orelhão desde a década de 2010, os aparelhos ainda estão incorporados ao mobiliário urbano do Brasil e de outros países da América Latina, além da África e da China. Com o icônico abrigo telefônico completando 50 anos, o site oficial do orelhão comemora sua consolidação como ícone do design mundial, lembrando sua singular influência simbólica no Brasil.


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Os orelhões em laranja e azul foram criados para ambientes abertos e semiabertos, com sua fibra de vidro laranja e azul resistindo ao mau tempo e às temperaturas extremas. Variações de tamanhos variados apareceram à medida que a designer continuou a experimentar a otimização da acústica, eficiência, privacidade e estética. as conchas foram instaladas em versões simples, duplas e até triplas, sendo que algumas delas foram desenvolvidas em materiais transparentes, a fim de interferirem visualmente de forma mínima. Apesar de agora estarem sendo gradativamente desativados, algumas unidades ainda enfeitam as calçadas com as suas cores, nos grandes centros urbanos.


Fonte: designboom

 
 
 

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